17 de maio de 2019

Recordações me matam

Quando você estiver lendo essas palavras, por favor entenda, que verso em verso estou sangrando.
Sangro as emoções, os sonhos, os desejos, os anseios que você inspirou em mim,
cada palavra, cada certeza, cada tremor em minhas mãos,
é a incerteza quase certa que transbordo todo o amor que em palavras vira emoção.

É tão eterno e terno esse amor que em mim habita por você,
que não importa quantos erros foram cometidos e comedidos,
é por você que ainda luto, levanto e saio e dou sorrisos.
Não tenha medo do quanto vou chorar, suas palavras e seus pés irão me fazer saltar.

E saltarei, eu saltarei com a certeza de que a vida ensina,
não com seu carinho, muito menos com o afeto que tinha em seu abraço,
mas eu não tenho medo dos laços, não tenho medo porque sempre fomos nós.
E mesmo que as histórias se descruzem, que os caminhos percam o compasso,
eu sigo os seus passos para acertar a nossa melodia de amar.

Embora algumas palavras tenham sido trocadas de maneira dolorida,
algumas não ditas, silenciadas e sufocadas em saídas sem voltas,
em partidas e gritos deixados em portas,
ainda sou a busca de acertar na vida, me tornando espumas num vento,
que num som atento pede pra vida pisar devagar.
Ainda tenho um coração frágil,
ainda sou como nossos pais.