27 de março de 2012

Ponto de (des)equilíbrio

Me perdi na ausência do meu equilíbrio,
Minh ‘alma ansiando pela volta de um passado distante,
E a solidão se tornou minha fiel amante,
Eu nos braços de uma tristeza incontida,
Percebi que os amei mais que minha vida,
E então foi aí que me perdi.

Eu não posso suportar essa dor que me sufoca,
Me fazendo o tempo todo de forte,
Se lancei minha vida a sorte, entre medos e perdões,
Entre minhas alternativas de fugir de tentações,
Dentro do meu ser me inibir,
Me fazendo acreditar que acabou, que é melhor não insistir.

Do que adianta me enganar, se o passado passou,
E eu não posso querer realizar uma vontade minha,
Essa dor que me corrói a espinha,
E paralisa meu ser, como se eu dependesse de tudo isso,
Me jogando ao precipício,
Sem vontade de viver.

E me pergunto o tempo todo porque isso aconteceu,
Me apegando a um só Deus,
Esperando o dia amanhecer.
Temendo os meus sonhos, pedindo que os meus pensamentos medonhos,
Que ao menos me deixem adormecer.

Esperando o meu milagre,
Esperando que meu coração apague,
Essa dor que me tira a vida,
Como se estivesse ensandecida,
Implorando com a própria vida para meu espírito não morrer.

Diante dessa dor de maldade,
Dentro de mim a saudade,
Do que eu era antes de tudo acontecer.

Diante desse coração tão machucado,
Que pulsa tão amedrontado,
Enlouquecendo o meu ser.