29 de dezembro de 2011

Seu veneno .

Você teve medo de me perder, e se afastou como se fosse um crime,
Amando meu coração segue firme, sem ao menos tentar esquecer.
E seu veneno corre vagarosamente em minhas veias,
E perco meus medos, porque ao menos o torpor está aqui.

Lembranças de momentos que jamais se repetirão,
Suas palavras, seus olhos, estou sem chão.
Não posso acordar, eu não posso acreditar que você partiu.
Não imaginei que a verdade te afastaria de mim.

E o torpor volta, me tira o ar, então percebo que nada aconteceu,
Nunca houve amor entre você e eu.
Isso foi algo criado pela ilusão, uma citação só escrita em mim,
Meu coração farto, silenciado pelo fim.


E que os anos se passem, e eu já não lembre mais seu rosto,
E que meu coração esqueça todo o mal que você me fez,
Seu veneno agora toma todo o meu ser,
Assassinando em mim, tudo o que havia de você.

The end.

Então minhas lágrimas escorrem do meu rosto,
E meu grito é silenciado, e a meus olhos escondem o medo.
Minha voz já não mais quer ressoar diante de tudo isso,
Essas dores que tomam conta de mim, e eu não posso desfazê-las.

E quando acordo, só imploro que o dia acabe,
Porque já não mais faz sentido estar acordada,
As coisas caminham pra um lado errado e eu não posso direcioná-las,
Peço socorro, mas ninguém me ouve, ninguém pode me socorrer.

Eu estou num abismo, mas ninguém consegue me ajudar,
Eu só preciso de uma mão, só de um olhar, eu preciso de ajuda.
Todas as lembranças me fazem perder a sanidade,
E perco o controle dos meus sentimentos, eu já não sei quem sou.

Socorro! – grito desesperada.
Em mim existem marcas de feridas que jamais cicatrizarão,
Alguém me ajude.
Eu não posso mais continuar sozinha.

11 de dezembro de 2011

O tempo .

É como se fosse a única dose de uma vida deletada de mim,
Em meio aos meus sorrisos, lágrimas que tanto escondi,
E meu peito ainda pulsa pedindo que tudo seja um sonho,
Mas o tempo não pode apagar as mudanças.

É como se eu já não tivesse mais uma segunda chance,
E como um último sopro de vida, meu grito silenciado por mim,
E meu coração implora debilmente pra que tudo mude,
Mas o tempo não pode desfazer o que foi feito.

Desapotamento, desilusão e dor física,
Hoje fazem parte de cada chão que piso,
E todos os corações que machuquei, peço desculpas,
Mas o tempo não pode colar um cristal.

E que estes dias se passem, imploro perdão,
Afinal, o que mais podes esperar de alguém que já não mais vive,
E o pulsar do meu coração é um pedido de socorro,
Mas existem dores que o tempo não pode curar.